Modelos de Elevação (MDE, MDT e MDS), qual a diferença entre eles?
A vida nem sempre é tão simples para o usuário de SIG quando se trata de elevação. Isso ocorre porque temos diferentes maneiras de modelar a elevação: Modelo digital de elevação (MDE), Modelo digital de superfície (MDS), Modelo digital de terreno (MDT), até mesmo as Redes triangulares irregulares (RIN) mais conhecidas pela sigla em inglês TIN. Bem, nesse post iremos exploramor as diferenças entre esses três tipos de modelos de elevação.
O que é um Modelo Digital de Superfície (MDS)?
Em um sistema LiDAR (Light Detection and Ranging.), pulsos de luz viajam para o solo. Eles retornam e são detectados pelo sensor que dá o alcance (uma distância variável) à superfície. No final, o LiDAR entrega uma nuvem de ponto maciça cheia de valores de elevação variáveis. Esses valores de elevação podem vir do topo dos edifícios, dossel de árvores, linhas de energia elétrica e outros tipos de cobertura. Um MDS captura as coberturas naturais e construídas na superfície da Terra. Um MDS é especialmente útil na modelagem 3D e é relevante em telecomunicações, planejamento urbano, aviação e silvicultura.
Invasão da zona de aproximação da pista - Na aviação, as obstruções da pista na zona de aproximação podem ser examinadas com um MDS para garantir que não haja colisões.
Gerenciamento de vegetação - Ao longo de uma linha de transmissão, sobrepõe-se um MDS para ver onde e quanto vegetação está invadindo.
Ver obstrução - Os planejadores urbanos usam o MDS para verificar como um edifício proposto afetaria as perspectivas de outros residentes e empresas.
O que é um Modelo Digital de Elevação (MDE)?
Um modelo digital de elevação é uma grade de varredura do solo regularmente espaçada referenciada a um ponto de referência vertical comum. Quando você filtra pontos fora do solo, como pontes e estradas, você fica com um modelo de elevação digital suave. Quando você anula a vegetação e estruturas feitas pelo homem de dados de elevação, você obtém um MDE. Um modelo liso, de elevação de terra nu é particularmente útil em campos de estudo, tais como hidrologia, solos e planejamento / segurança do uso da terra. Aqui estão exemplos de como um DEM pode ser usado em um SIG:
Modelagem hidrológica - Um MDE é usado para delinear bacias hidrográficas, calcular a acumulação de fluxo e descobrir a direção do fluxo.
Estabilidade do terreno - As áreas propensas a movimentos de massa são áreas de alta inclinação com vegetação escassa, o que é útil ao planejar uma rodovia ou subdivisão residencial.
Mapeamento do solo - Os MDEs ajudam no mapeamento dos solos, que é função de elevação (bem como geologia, tempo e clima).
O que é um Modelo Digital de Terreno (MDT)?
Segundo o Guia de Especificações Básica de dados LiDAR (pág 28) elaborado pela Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o MDT possui duas definições dependendo do pais no qual você reside.
Em alguns países, um MDT é realmente sinônimo de MDE. Isto significa que um MDT é simplesmente uma superfície de elevação que representa a terra nua referente a um ponto de referência vertical comum.
Nos Estados Unidos e em outros países, um MDT tem um significado ligeiramente diferente. Um MDT é um conjunto de dados vetoriais composto de pontos regularmente espaçados e características naturais, como cristas e linhas de ignição. Um MDT aumenta um MDE, incluindo características lineares do terreno.
Os MDTs geralmente são criados através da fotogrametria, como no exemplo acima. As linhas de contorno foram convertidas em pontos e são mostradas em roxo. Os pontos MDT são regularmente espaçados, que caracterizam a forma do terreno da terra nua.
Na imagem acima, você pode ver como o MDT não é contínuo e que não é um modelo de superfície. A partir dessas linhas regulares de espaço e contorno, você pode interpolar um MDT para um MDE. Um MDT representa características de terreno distintivo muito melhores por causa de suas linhas de ruptura 3D e pontos de massa 3D espaçados regularmente.
